Mais de uma dúzia de países europeus emitiram declarações nos últimos dias, apelando para o país cessar investidas militares no território
A União Europeia (UE) e mais de uma dúzia de países europeus, fizeram declarações públicas nos últimos dias, exercendo pressão sobre Israel com uma retórica cada vez mais forte, em resposta à expansão das operações militares na Faixa de Gaza.
Analistas acreditam que, embora essas ações visem aliviar a pressão da opinião pública, elas também refletem uma tentativa da Europa de demonstrar uma posição diplomática independente.
A UE emitiu um comunicado na quarta-feira (29) criticando duramente as operações militares de Israel na Faixa de Gaza.

O grupo condenou o uso excessivo da força do país e descreveu as baixas civis resultantes como “intoleráveis”. Também foi alertado que o ataque contínuo à infraestrutura civil é “inaceitável”.
Antonio Tajani, vice-primeiro-ministro e ministro das Relações Exteriores da Itália, afirmou na quarta-feira (28) que o número de mortos entre civis palestinos atingiu níveis “chocantes” e instou Israel a cessar imediatamente os bombardeios.
Além disso, mais de uma dúzia de países europeus — incluindo Reino Unido, França, Espanha, Holanda, Suécia e Irlanda — emitiram declarações nos últimos dias, apelando a Israel para cessar os ataques militares à Faixa de Gaza.

Quanto às medidas que a Europa poderá tomar, analistas acreditam que, dada a escala do comércio UE-Israel e a interdependência dos dois, qualquer suspensão ou rebaixamento da cooperação comercial pela União Europeia exerceria uma pressão significativa sobre o país do Oriente Médio.
Tal medida poderia minar a resiliência econômica de Israel, afetando assim a capacidade de sustentar operações militares a longo prazo na Faixa de Gaza.
Além disso, os países europeus também esperam promover o processo de paz aumentando o apoio à Palestina.
Em abril deste ano, o presidente francês Emmanuel Macron afirmou que a França e a Arábia Saudita planejam co-sediar uma conferência das Nações Unidas em junho visando promover a implementação da solução de dois Estados.
Fonte: CNN