Brasília – Mohamed Ahmed Elsayed Ahmed Ibrahim, egípcio de 48 anos é apontado pelo governo dos Estados Unidos como integrante da Al Qaeda e operador financeiro do grupo terrorista, está sendo investigado no Brasil por envolvimento em um esquema de lavagem de dinheiro ligado à facção criminosa Comando Vermelho (CV). A informação foi confirmada por fontes da Polícia Federal (PF) e de órgãos de inteligência brasileiros.

De nacionalidade egípcia, Ibrahim figura desde 2019 na lista de terroristas internacionais do FBI (Federal Bureau of Investigation) e do Departamento de Estado norte-americano. Segundo as autoridades dos EUA, ele é um facilitador logístico da Al Qaeda e teria atuado no recrutamento e financiamento de operações do grupo extremista em diferentes países.
No Brasil, as investigações da PF indicam que Ibrahim pode estar utilizando empresas de fachada, laranjas e transações internacionais para ocultar a origem de recursos ilícitos que abastecem tanto atividades terroristas quanto o tráfico de drogas operado pelo Comando Vermelho, uma das principais facções criminosas do país. A aliança entre o CV e elementos estrangeiros ligados ao terrorismo tem preocupado autoridades brasileiras e internacionais.

A atuação do suspeito estaria concentrada em grandes centros urbanos, com ênfase no eixo Rio-São Paulo, e envolveria o envio de valores para o exterior por meio de doleiros e operações ilegais de câmbio. O caso é tratado sob sigilo, mas fontes ligadas à inteligência policial afirmam que a cooperação com agências estrangeiras, como a Interpol e a CIA, foi intensificada.
Mohamed Ibrahim está em situação regular no Brasil, com registro de entrada no país nos últimos anos. A Polícia Federal já solicitou medidas cautelares à Justiça, incluindo restrições de movimentação e quebra de sigilos bancário e fiscal.
O caso revela uma possível conexão entre redes internacionais de terrorismo e o crime organizado brasileiro, algo que autoridades consideravam até recentemente como improvável ou esporádico. Para especialistas em segurança, a investigação acende um alerta sobre o uso do território brasileiro como plataforma de apoio logístico e financeiro para organizações extremistas.
Vale ressaltar que o Presidente Lula não quis enquadrar o Comando Vermelho como organização terrorista, o presidente recusou a sugestão do governo norte-americano de enquadrar o CV e PCC como grupos terroristas.
Procurado, o Ministério da Justiça não comentou o caso. A Polícia Federal afirmou que não se pronunciará enquanto as investigações estiverem em andamento.