Os alunos do 7º período diurno do curso de Direito da Unifenas (Universidade José do Rosário Vellano) vivenciaram, no último dia 14 de junho, uma experiência marcante: a realização de um Júri Simulado baseado em um caso real julgado na comarca de Alfenas. A atividade aconteceu sob a supervisão da professora Ana Carla Tavares Coelho, dentro da disciplina de Projetos Integradores e Inovadores.
Com uma sala organizada como em um tribunal real, os estudantes assumiram papéis fundamentais no julgamento: promotores, advogados de defesa, jurados, juiz, testemunhas e réu. Para preservar a identidade dos envolvidos no caso original, os alunos usaram seus próprios nomes na encenação.

O caso escolhido pelos discentes foi o de uma tentativa de feminicídio ocorrida em 2019. Na ocasião, uma mulher foi brutalmente esfaqueada pelo ex-companheiro, mas sobreviveu graças à intervenção rápida de um vizinho, bombeiro militar aposentado, um herói, que agiu com coragem e salvou sua vida.
“Foi emocionante ver os alunos se doando tanto ao projeto, se preparando e se comprometendo com cada detalhe do processo”, afirmou a professora Ana Carla. “Esse tipo de vivência é essencial para que eles se sintam prontos para atuar no mundo real, com ética, responsabilidade e sensibilidade.”

A encenação seguiu fielmente os trâmites de um julgamento real, inclusive com a mesma sentença: o réu foi condenado por tentativa de homicídio qualificada por motivo fútil, meio cruel, uso de recurso que dificultou a defesa da vítima e pela condição do sexo feminino.
Para a estudante Alícia Damasceno, que atuou como promotora no Júri, a atividade foi transformadora. “Estar ali, com todos atentos, defendendo argumentos com base no direito e na justiça, me fez ter certeza da profissão que escolhi. Foi desafiador e incrível ao mesmo tempo.”
A iniciativa reafirma o compromisso da Unifenas em proporcionar uma formação completa, que vá além da teoria. “Queremos que nossos alunos saiam daqui preparados para lidar com a realidade do sistema judiciário e com as dores da sociedade”, completou a professora.











