A Escola do Legislativo “Professor Edson Antônio Velano”, em Alfenas, foi palco de um importante resgate histórico na última quarta-feira, 18 de junho. O espaço sediou um evento que reuniu autoridades, militantes do movimento negro e a comunidade para refletir sobre as violações de direitos humanos e o surgimento do Movimento Negro Unificado (MNU) durante a Ditadura Civil-Militar no Brasil (1964-1985).
A iniciativa marcou também o lançamento do “I Livro dos Griots do MNU: Memórias de vida e de luta da idosidade negra”, publicado pela Editora Sabedoria Griot. A obra é uma homenagem às trajetórias de militantes que protagonizaram a resistência negra em um dos períodos mais sombrios da história brasileira, preservando suas memórias e lutas por justiça e igualdade.

A cerimônia de abertura contou com a presença de diversas autoridades e representantes da sociedade civil. Estiveram presentes o presidente da Câmara Municipal e da Escola do Legislativo, Matheus Paccini Pereira, o vice-prefeito de Alfenas, Eliacim Lourenço, os vereadores Jefferson Guigui e Lívia, de Pouso Alegre, além de representantes da Comunidade Negra de Alfenas, como Luan Rosa e Maria Aparecida Silva Rosa, o representante da OAB, Daniel Murad, e a professora Ana Lúcia da Silva, que também coordenou a organização do evento.

A mesa-redonda, mediada pela professora Ana Lúcia, foi composta por nomes históricos do movimento negro no Brasil, entre eles:
- Lenny Blue de Oliveira
- José Adão de Oliveira
- Dorival Pereira dos Santos
- José Francisco Ferreira de Oliveira
- Iêda Leal, ex-secretária do Ministério da Igualdade Racial e diretora da CNTE
Durante o encontro, os convidados compartilharam relatos sobre a repressão enfrentada durante o regime militar e destacaram o ato de 1978 nas escadarias do Theatro Municipal de São Paulo como marco do nascimento do MNU. Militantes como Geraldo Potiguar, Milton Barbosa, Rachel de Oliveira, além de presentes no evento, foram homenageados por sua coragem e protagonismo.
O evento foi encerrado com o lançamento do livro e um momento de confraternização entre os participantes, reafirmando o compromisso com a valorização da memória negra e a luta contínua pelos direitos humanos no país.












