Falta constante de água, demora no restabelecimento e qualidade duvidosa do serviço geram indignação na população
Essa semana, mais uma vez, Alfenas enfrentou problemas no abastecimento de água. Como já virou rotina, a água acabou em diversos bairros, demorou para voltar e, quando retornou, chegou às torneiras turva e sem condições mínimas de uso.
O transtorno tem impactado diretamente a vida dos moradores, que relatam dificuldades até para realizar tarefas básicas, como cozinhar, lavar roupas e manter a higiene doméstica. “É impossível viver desse jeito. A gente paga caro por um serviço que não existe”, desabafou uma moradora.
O que mais revolta a população é a falta de comunicação da Copasa. Em raríssimas ocasiões a empresa avisa sobre manutenções programadas, e quando se trata de interrupções inesperadas, não existe um “plano B” que minimize os prejuízos da comunidade.
Especialistas lembram que a água é um bem essencial para a vida e que cabe à empresa garantir condições mínimas de fornecimento. “Imprevistos acontecem em qualquer setor, mas é inadmissível que não haja um sistema de contingência”, pontuou um morador indignado.
A insatisfação também cresce diante da ausência de compensações financeiras. “Pagamos em dia. Se atrasarmos, vem juros, multa e até corte. Mas quando a Copasa deixa milhares de famílias sem água por dias, não há desconto nem penalidade alguma”, questionam os consumidores.
O sentimento geral é de abandono. Muitos moradores afirmam que estão “no limite” e cobram medidas mais firmes das autoridades. A pergunta que ecoa nas ruas de Alfenas é direta: por que a Copasa pode falhar sem sofrer nenhuma sanção, enquanto a população paga a conta desse descaso?











